Vacinas contra o coronavírus são eficazes, apontam estudos

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer, em parceria com a alemã BioNTech, obteve 95% de eficácia na prevenção à doença. Esta é a primeira a apresentar os resultados da etapa final antes do registro.

Durante os testes, dos 170 voluntários adultos que desenvolveram Covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam placebo, enquanto 8 tomaram a vacina, segundo a Pfizer e a BioNTech. Ao todo, participaram do estudo quase 44 mil indivíduos.

Por sua vez, a Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, divulgou que a vacina atingiu 78% de eficácia em casos leves e 100% em graves e moderados. Com isso, o Butantan pediu o registro emergencial da vacina para a Anvisa, de modo a iniciar a vacinação no Brasil em 25 de janeiro de 2021.

Outra boa notícia é quanto à vacina da AstraZeneca e Oxford, que apresentou 90% de eficácia nos testes da última fase, quando aplicada em 2 doses, sendo a primeira, meia, e a segunda, integral. Mais um ponto forte é quanto à facilidade de armazenamento, possível em temperatura de refrigerador. Isso viabiliza o transporte para países mais pobres e reduz custos com a logística.

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Vacinas contra o coronavírus no Brasil

O bom resultado da Coronavac, que já está em processo de registro emergencial pela Anvisa, aponta que esta deve ser a primeira vacina aplicada no Brasil, a partir de 25 de janeiro de 2021. Para isso, o Butatan reforçou a produção, cuja expectativa é de atingir 1 milhão de doses fabricadas por dia no país.

Até o momento, no Brasil, não há acordo para comprar a vacina da Pfizer. Mas o Ministério da Saúde já se reuniu com a Pfizer para apresentarem o andamento da pesquisa e avaliarem as condições de compra, logística e armazenamento.

Há um fator que dificulta a logística da vacina: ela precisa ser armazenada a -70 °C. Isso porque emprega uma nova tecnologia, com moléculas de RNA, enquanto outros imunizantes comuns usam o DNA.

Por isso, a empresa farmacêutica pretende enviá-la em caixas especiais recheadas com gelo seco e equipadas com sensores habilitados para GPS. Sendo assim, poderá ser armazenada em freezers convencionais por até 5 dias ou em refrigeradores especiais por até 15 dias, desde que o gelo seco seja reestabelecido e as caixas não sejam abertas mais do que 2 vezes ao dia. Tal solução viabiliza a logística para o Brasil e o Sistema Único de Saúde (SUS).

O laboratório informou ainda que pretende produzir globalmente até 50 milhões de doses de vacina em 2020 e 1,3 bilhão de até o final de 2021. Alguns países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Japão, já compraram da Pfizer.

Enquanto isso, o governo paulista encomendou 46 milhões de doses da Coronavac, das quais 120 mil já chegaram ao Brasil em 19 de novembro.

Com o avanço das bem-sucedidas pesquisas das vacinas contra o coronavírus, o mercado de turismo tem se animado. Sentem-se os resultados tanto na bolsa de valores, em que ações de empresas do ramo têm se valorizado, quanto na demanda por voos nacionais e internacionais, que tem aumentado no segundo semestre deste ano. O fato de outros estudos comprovarem que é seguro viajar de avião durante a pandemia também contribui.

Aplicação das vacinas contra o coronavírus

Após concluídos os testes e demonstrada definitivamente a eficácia das vacinas contra o coronavírus, o próximo passo é registrá-las nos órgãos competentes para aplicá-las na população. No caso do Brasil, a responsável por aprová-las é a Anvisa.

Dessa forma, tão logo liberadas e adquiridas as vacinas, a população se imunizará contra a Covid-19 e retornará à rotina normal. A expectativa é que, até no primeiro semestre de 2021, esse processo já esteja em pleno andamento.

Grupos de risco, a exemplo de idosos, terão prioridade na vacinação. Portanto, o mais provável é que haja diversas etapas até alcançar toda a população.

Os Estados Unidos já aprovaram o uso da vacina da Pfizer e iniciaram um plano de imunização da população em 14 de dezembro, assim como o Reino Unido, que também começou a vacinar as pessoas.