Em meio ao início da temporada de verão europeu e a crescente demanda de viajantes para o continente, alguns aeroportos e companhias aéreas passam por situações referente a atrasos, remarcações e cancelamentos de voos.
O principal motivo é a greve de funcionários de empresas que operam voos na União Europeia (entre um país e outro do Velho Continente) e a defasagem de mão de obra nos aeroportos em virtude dos resquícios da pandemia. Passageiros do mundo todo seguem atentos à situação.
No Brasil
A greve na Europa pode, em alguns casos, afetar os viajantes brasileiros com longas filas na imigração ao chegar ao destino e, em casos extremos, com cancelamentos ou realocações de voos internos (entre um país e outro do continente).
Mas fique tranquilo: se você tem uma viagem programada para os próximos dias ou está planejando embarcar em voos internos na Europa, confira algumas orientações.
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Se você tem voo marcado para as próximas semanas e está planejando viajar entre países do continente europeu, fique atento a algumas recomendações importantes:
- Acompanhe o status do seu voo na companhia aérea.
- Caso seu voo seja cancelado, você tem direito a escolher entre reacomodação em outro voo, reembolso ou que o trajeto seja feito em outro meio de transporte
- Para atrasos superiores a uma hora, a companhia deve oferecer suporte aos passageiros – pernoite, alimentação e acesso a meios de comunicação
- Ao comprar uma passagem aérea olhe, com atenção, a política e regras do bilhete
- Reserve hotéis com políticas flexíveis de remarcação, cancelamento sem taxas e reembolso
- Contrate um bom seguro-viagem: opte por aqueles que cubram cancelamentos e remarcação de voos. O seguro também te auxilia em casos de extravio e localização de bagagens. Faça aqui a sua cotação na Assist Card, a nossa escolha para seguro-viagem internacional
- Guarde recibos e comprovantes caso seja necessário pedido de compensação e reembolso
- Evite marcar voos de conexão com horários próximos
- Programe-se com atenção e flexibilidade.
- Chegue cedo ao aeroporto e esteja atento às informações da cia aérea.
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Entenda o motivo da greve
O movimento teve início com colaboradores da empresa Ryanair a partir do aumento do volume do tráfego aéreo com a reabertura de fronteiras de vários países. Os motivos para a paralisação são diversos, como por exemplo o reajuste salarial e o respeito aos tempos de descanso.
A adesão à greve se espalhou por outras companhias e os sindicatos da Bélgica, Espanha, França, Itália e Portugal pediram aos trabalhadores que aderissem, sendo esses os países mais afetados pelas paralisações.
Veja a situação nos aeroportos de cada país
Bélgica
O país foi um dos primeiros a ver seus colaboradores em greve e, para os próximos meses, ainda não há nenhuma outra manifestação agendada.
França
Os aeroportos sofrem com a escassez de mão de obra e o governo busca alternativas para suprir os mais de 4 mil postos de trabalho com vagas em aberto.
Espanha
A reivindicação parte de colaboradores da companhia aérea irlandesa Ryanair que, por sua vez, alega não estar sendo substancialmente afetada pelo movimento grevista.
Itália
Assim como na Bélgica e Espanha, a principal companhia aérea com manifestação de greve é a irlandesa Ryanair, sem registros de grandes prejuízos de cancelamentos e atrasos, até o momento.
Portugal
O governo busca manter o atendimento à crescente demanda, com a contratação de funcionários para compor o quadro de colaboradores dos seis aeroportos do país. Nesse ponto, o mais característico em tempos de greve é a demora que se vê no processo de imigração, o que pode por atrapalhar conexões para outros destinos da Europa.
Nossa experiência em Junho/2022: ao chegarmos em Lisboa, provenientes do Brasil, nos assustamos com o tamanho da fila e acreditamos que perderíamos o nosso voo para a República Tcheca, marcada para dali a 2 horas. No entanto, em virtude da pressão exercida pelos próprios passageiros que ali estavam (muitos em situação igual à nossa, ou seja, utilizando-se da parada em Lisboa apenas para conexão), depois de tensos 30 minutos de espera, mais funcionários chegaram para compor as cabines de imigração e, assim, deu tudo certo para todos que ali estavam aguardando.
Reino Unido
O Aeroporto de Gatwick (Londres) prevê a limitação de voos no período de julho a agosto. Já em Heathrow, a quantidade de voos seguirá sem alterações.
O que dizem as companhias aéreas (em atualização)
As companhias aéreas estão divulgando notas oficiais e comunicados aos passageiros, além de seguirem realizando pronunciamentos na imprensa. Veja o posicionamento atual:
Ryanair (companhia irlandesa)
Não há posicionamento oficial da empresa
easyJet (companhia britânica)
Guia de informações sobre os últimos voos no site da easyJet.
British Airways (companhia britânica)
Não há posicionamento oficial da empresa
Lufthansa German Airlines (companhia alemã)
A companhia informou que está em negociação com os funcionários e diz que enfrenta dificuldades devido à alta do preço do combustível e o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Não há posicionamento oficial da empresa
KLM (companhia holandesa)
Brussels Airlines (companhia belga)
A empresa divulgou um comunicado via Facebook informando a participação na paralisação ocorrida nas últimas semanas.
Air France (companhia francesa)
A Air France acredita que não sofrerá problemas com a greve devido ao número de equipes disponíveis para realização dos trabalhos.
Não há posicionamento oficial da empresa
SAS (companhia sueca)
Não há posicionamento oficial da empresa
De modo geral, os países estão buscando formas de contornar os atrasos. De acordo com a agência internacional de notícias Reuters, a Alemanha está otimizando o processo de autorização de trabalho e vistos para que estrangeiros possam atuar nos aeroportos. Na França, a executiva-chefe do braço francês da Air France-KLM, Anne Rigail, afirma que a situação está se estabilizando.
Aeroportos do Brasil
Um acordo firmado entre as empresas e os trabalhadores no último sábado (27/06) colocou fim à possibilidade de greve no Brasil.
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A nossa conclusão
Diante de tudo o que temos acompanhado, acreditamos que o movimento grevista tenha se intensificado neste momento, principalmente em virtude de estarmos diante da época de maior fluxo de passageiros nos aeroportos europeus. Quanto maior o risco de prejuízo, maior a força que os trabalhadores têm para negociar as melhorias em suas condições contratuais.
De todo modo, considerando-se o pleno movimento de retomada – tão esperado por todas as empresas do setor do turismo – apostamos em um breve êxito nas negociações e consequente restabelecimento da ordem regular dos voos internos entre países da Europa.
Portanto, se você tem viagem entre países da Europa, marcada para os próximos meses, a orientação imediata é que siga acompanhando, apenas isso!